Cargos em ascensão: quais profissões mais devem crescer até 2030?

Tecnologias emergentes, tensões geopolíticas, novas demandas de saúde pública e a corrida por soluções sustentáveis. Tudo isso, somado, está transformando rapidamente as demandas do mercado de trabalho. Essas mudanças já começam a redefinir quais profissões terão mais espaço nos próximos anos.
De acordo com o Relatório sobre o Futuro dos Empregos, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), as carreiras mais promissoras até 2030 estão concentradas, em sua maioria, nas áreas de tecnologia, saúde, cibersegurança e meio ambiente.
Mas esse não é apenas um recorte sobre “o que está em alta”. É um termômetro das prioridades globais — e um sinal claro de que quem quiser se manter relevante no mercado precisará se adaptar.
A seguir, veja quais profissões e competências devem ganhar destaque até 2030.
O que os dados revelam sobre o futuro
Com base nas respostas de mais de mil empresas, de 55 países e 22 setores industriais, o Fórum Econômico projeta a criação de 170 milhões de empregos até o fim da década. Em contrapartida, 92 milhões de funções devem desaparecer — principalmente pela automação e pela digitalização acelerada.
As tecnologias que puxam esse movimento são bem conhecidas: inteligência artificial, robótica, geração, distribuição e armazenamento de energia; e processamento de informação em larga escala.
Mas nem tudo é sobre algoritmo. Também há otimismo nos setores de meio ambiente, diante da urgente demanda global por sustentabilidade, além das áreas de cuidado e saúde, correspondendo às necessidades de uma população em envelhecimento. E mostra que, sim, tecnologia e impacto social caminham juntos.
Veja abaixo a lista completa do Fórum:
- Especialistas em Big Data;
- Engenheiros de Fintech;
- Especialistas em IA e aprendizado de máquina;
- Desenvolvedores de software e aplicativos;
- Especialistas em gestão de segurança;
- Especialistas em armazenamento de dados;
- Especialistas em veículos elétricos e autônomos;
- Designers de User Interface e User Experience (UI e UX);
- Motoristas de serviços de entrega;
- Especialistas em Internet das Coisas (IoT);
- Analistas e cientistas de dados;
- Engenheiros ambientais;
- Analistas de segurança da informação;
- Engenheiros de DevOps;
- Engenheiros de energia renovável.
Sim, motoristas de entrega. Mesmo em um cenário dominado por automação e IA, profissões que conectam o digital ao mundo físico continuarão existindo, pelo menos por um tempo.
As tendências apontadas pelo Fórum Econômico Mundial também foram observadas pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos. Um levantamento realizado pelo órgão classifica analistas de dados e cibersegurança, assistentes de terapia ocupacional, veterinários, gerentes de serviços médicos e epidemiologistas como cargos em ascensão.
Veja abaixo a lista completa do departamento:
- Técnico de manutenção de turbinas eólicas
- Instalador de painéis solares fotovoltaicos
- Enfermeiro(a)
- Cientistas de dados
- Analistas de segurança da informação
- Gestores de serviços médicos e de saúde
- Assistentes médicos
- Cientistas de pesquisa em computação e informação
- Assistentes de fisioterapia
- Analistas de pesquisa operacional
- Assistentes de terapia ocupacional
- Examinadores financeiros
- Cuidadores de saúde domiciliar e auxiliares pessoais
- Assistentes veterinários e tratadores de animais de laboratório
- Veterinários
- Logísticos
- Profissionais que atuam no cuidado da saúde mental
- Epidemiologistas
- Professores de disciplinas de saúde no ensino superior
- Fonoaudiólogos
- Reparadores de equipamentos médicos
- Desenvolvedores de software
- Massoterapeutas
- Gerentes de sistemas e informação/computação
- Mecânicos de maquinaria industrial
- Consultores financeiros pessoais
Mais uma vez, vemos o encontro entre tecnologia, cuidado, saúde mental e infraestrutura.
E os cargos que devem desaparecer?
De um lado, a IA acelera o surgimento de novas funções. De outro, torna algumas profissões obsoletas. A lista de funções mais ameaçadas inclui operadores de telemarketing, vendedores de rua, caixas de supermercado — e também algumas menos óbvias, como contadores, peritos de seguros e designers gráficos.
Nem todas essas funções vão sumir de vez, mas todas exigirão requalificação para continuarem competitivas.
Importância do aprendizado contínuo
Diante desse cenário complexo, as habilidades mais requisitadas no ambiente laboral também mudam. Segundo o Futuro dos Empregos, quase 40% das competências procuradas em um profissional mudarão até 2030, passando a incluir fluência nas novas tecnologias e soft skills, como liderança, resiliência, criatividade e pensamento analítico.
O estudo indica ainda que 59% dos trabalhadores necessitarão de requalificação ou aprimoramento de habilidades, e que essa lacuna já é vista por 63% das empresas como o principal desafio para a viabilidade do negócio.
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